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SMART-1’s crash site
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Local da colisão da SMART-1

04/09/2018 399 views 3 likes
ESA / Space in Member States / Portugal

Esta imagem manchada em tons de cinza mostra uma parte da superfície da Lua e apresenta uma forma intrigante em direção ao topo da moldura. Esta foi, na realidade, feita por uma nave espacial - marca o lugar de descanso final da SMART-1 da ESA (Pequenas Missões de Pesquisa Avançada em Tecnologia-1).

Lançada em 2003, a SMART-1 foi uma sonda orbital da Lua que observou o nosso companheiro cósmico durante, aproximadamente, três anos. No dia 3 de setembro de 2006, as operações da missão chegaram ao fim e a aeronave foi enviada, deliberadamente, para cair contra a Lua, pulando e atravessando a superfície lunar a uma velocidade de dois quilómetros por segundo e alcançando a primeira aterragem lunar da Europa.

Após o impacto, foi observado um clarão brilhante na fronteira entre o dia lunar e a noite pelo Telescópio Canadá-França-Havai, no Havai. No entanto, como nenhuma outra aeronave estava naquela altura em órbita na hora de assistir ao desenrolar do evento, não foi possível identificar exatamente onde a SMART-1 caiu. Os cientistas usaram o rastreamento de órbita, simulações baseadas na Terra e observações do clarão de impacto para estimar a localização do local de aterragem, mas o local de descanso preciso da missão permaneceu desconhecido durante mais de uma década.

No ano passado, imagens de alta resolução da Sonda de Reconhecimento Lunar (LRO) da NASA revelaram o paradeiro da SMART-1 - como aqui apresentado. A aeronave esculpiu uma estocada de quatro metros de largura e 20 metros de comprimento ao impactar, e saltou a 34.262° sul, 46.193° oeste. Atravessou uma pequena cratera e lançou o solo lunar para fora do seu caminho ao ricochetear, criando os trechos mais brilhantes de material observados dos dois lados da cratera, com fragmentos da nave espacial e poeira ejetada obliquamente, parando a várias dezenas de quilómetros na direção do curso direto.

Para além de procurar água gelada na Lua, observar e fotografar o nosso vizinho celestial mais próximo, a SMART-1 desempenhou um papel fundamental no teste de propulsão iónica - um tipo eficiente de propulsão que utiliza energia elétrica para impulsionar uma aeronave através do espaço.

A SMART-1 foi a primeira missão da ESA a viajar para o espaço profundo utilizando este tipo de propulsão. A propulsão iónica será também usada na missão conjunta ESA-JAXA BepiColombo, quando esta for lançada em outubro deste ano para Mercúrio.

O campo de visão na imagem é de 50 metros de largura (o norte está para cima), com a iluminação solar vinda do oeste. A SMART-1 aterrou de norte a sul.

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