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O sismo do Nepal
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O sismo do Nepal ao radar

04/05/2015 821 views 2 likes
ESA / Space in Member States / Portugal

A 25 de abril, um sismo de magnitude 7.8 atingiu o Nepal, fazendo mais de 5000 vítimas mortais e afetando milhões de pessoas. As imagens de satélite estão a ser usadas para apoiar as organizações de ajuda humanitária, enquanto os geo-cientistas estão a usar medições de satélite para analisar os efeitos do sismo no terreno.  

As imagens de radar do satélite Sentinel-1A mostram que a deformação máxima do terreno está apenas a 17 km da capital do Nepal, Kathmandu, o que explica o elevado grau de destruição sentidos nesta área.

Combinando as imagens do Sentinel-1A adquiridas antes e depois do sismo, obtém-se as alterações ocorridas no terrenos, entre as duas datas de aquisição de dados, o que resulta nos padrões de interferência em estilo arco-íris, na imagem combinada, conhecidos como ‘interferograma’, permitindo aos cientistas quantificar os movimentos no terreno.

A deformação do sismo
A deformação do sismo

A largura de faixa do Sentinel-1A de 250 km sobre as superfícies permitiu que fosse analisada uma grande área numa única passagem – como até hoje não tinha sido possível. A área será toda coberta sob a mesma geometria, a cada 12 dias, permitindo que a área mais vasta seja monitorizada com regularidade e totalmente analisada para deteção da deformação no terreno, com a poderosa técnica de interferometria. 

Os dados relativos á área atingida, antes do sismo, estavam disponíveis graças ao programa Copernicus e à sua política de open data, e vão continuar disponíveis. 

As franjas de Katmandu
As franjas de Katmandu

O Sentinel-1A é o primeiro satélite do programa de monitorização do ambiente Copernicus, coordenado pela Comissão Europeia. O seu radar de dia e noite e em todas as condições meteorológicas está particularmente adaptado ao apoio na avaliação de impacto de vários tipos de acidentes geográficos. O satélite foi planeado para fornecer observações sistemáticas de áreas tectónicas e vulcânicas a nível global.

As imagens dos Sentinel e de outras missões do programa Copernicus são coordenadas pela ESA para serem usadas pelo Serviço de Gestão de Emergência do Copernicus (EMS), que apoia todas as fases do ciclo de gestão de crise.  

O mapa de classificação
O mapa de classificação

O EMS do Copernicus foi ativado no dia do sismo, o que pos a ESA a começar a recolher imagens, que estão a ser disponibilizadas para ajudar nos esforços pós sismo. 

Em paralelo, foi ativada a International Charter Space and Major Disasters pela Índia, China e Nações Unidas. As agências parceiras desta iniciativa têm estado a fornecer dados e produtos sobre a área para aliviar as organizações. 

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