A ESA e a indústria do petróleo exploram o potencial das aplicações espaciais
Membros do sector do gás e do petróleo juntaram-se no primeiro encontro do género para analisar as actuais capacidades de observação da Terra e as especificidades relacionadas com a indústria do gás e do petróleo.
Enquanto os peritos em detecção remota e as empresas de serviços partilharam informação acerca dos serviços tradicionais e mais inovadores baseados em observação da Terra, os peritos da indústria sublinharam os desafios nas operações do presente e do futuro e deram exemplos de parâmetros ambientais de relevo que ainda não são disponibilizados.
«Esta é a primeira vez que temos este nível de colaboração entre a ESA e a indústria do gás e do petróleo», disse Richard Eyers, consultor sénior de detecção remota da Shell International.
«Estamos a aumentar o nível de entendimento mútuo ao perceber quais as tecnologias que estão disponíveis e informando a ESA acerca daquelas de que necessitamos.»
Jean-Paul Xavier, um perito em detecção remota da companhia francesa de petróleo Total, disse que a principal necessidade da indústria, no momento, são os produtos de valor acrescentado.
«Estamos num ponto em que temos muitos dados, mas precisamos de parâmetros mais exactos, tais como a temperatura, aluimentos ou mudanças na cobertura dos terrenos», disse Xavier. «Partilhamos os mesmos problemas e procuramos soluções. Este é um importante workshop da ESA porque ao juntar empresas do sector com fornecedores de serviços torna possível a discussão das necessidades.»
Kjell Morten Sviland, engenheiro responsável pela informação geográfica na Statoil, o principal produtor de petróleo e gás na Noruega, quis certificar-se de que a sua companhia está a par de todos os serviços de observação da Terra disponíveis.
«Pedimos uma lista dos serviços disponíveis actualmente,» disse Sviland. «Também informamos a ESA e as empresas de valor acrescentado acerca dos nossos requisitos futuros.»
Foram abordados três tópicos durante o encontro: a exploração, a sustentabilidade.
Foram identificadas uma série de medidas no workshop que podem ser adoptadas pela comunidade para consolidar e expandir o uso de controlo remoto no sector.
As apresentações do encontro estão disponíveis através do site do workshop e será produzido um relatório no final do mês.
O workshop, que decorreu no centro de observação da Terra (ESRIN), em Frascati, Itália, a 14 e 15 de Setembro, teve a participação de 120 pessoas, cerca de 40 dos quais da indústria do petróleo e do gás, incluindo os maiores como a AGIP, BP, ENI, Petrobras, Statoil, Shell, Total, ExxonMobile, Chevron e Woodside.
It was jointly organised by ESA, oil companies, including Shell, BP, Total and Woodside, service-providers and the European Association of Remote Sensing Companies.
Foi organizado em conjunto pela ESA, companhias petrolíferas, incluindo a Shell, a BP, a Total e a Woodside, fornecedores de serviços e a Associação Europeia de Companhias de Detecção Remota.