A astronauta da ESA Samantha Cristoforetti regressa à Terra
A astronauta da ESA Samantha Cristoforetti, o astronauta da NASA Terry Virts e o comandante russo Anton Shkaplerov aterraram em segurança nas estepes do Cazaquistão depois de uma viagem de três horas na nave espacial Soyuz. Partiram da Estação Espacial Internacional às 10:20 GMT no final da sua estadia de seis meses no complexo de investigação.
A nave Soyuz TMA-15M deixou a Estação que viaja a uma velocidade de cruzeiro de cerca de 28 800 km/h e entrou na atmosfera pouco depois. O pequeno módulo de descida separou-se tal como planeado e os pára-quedas abriram-se para desacelerar o veículo ainda mais.
O módulo disparou retro-foguetes, momentos antes da aterragem e jatos nos assentos reduziram o impacto da queda, que aconteceu às 13:44 GMT. As equipas de apoio apareceram em alguns minutos para ajudá-los a sair.
Para trás ficaram o astronauta da NASA Scott Kelly e os cosmonautas Mikhail Kornienko e Gennady Padalka para tomar conta da Estação Station e gerir as experiências. Scott e Mikhail estão quase a um terço da sua estadia de um ano na Estação.
Uma perpectiva da missão Futura
Samantha é a sétima astronauta e a primeira mulher astronauta da ESA a completar uma missão de longa duração no espaço. E estabeleceu um novo recorde de permanência em contínuo no espaço para um astronauta da ESA.
Substituiu o astronauta da ESA Alexander Gerst, nas suas funções no Veículo de Transferência Automatizado (ATV) da ESA Georges Lemaître. Samantha foi responsável pela versátil nave. Monitorizou a desacoplagem o que marcou o fim de uma era – o Georges Lemaître foi o último de uma série de cinco ATV fornecidos pela ESA para servir a Estação.
Também ajudou a prender e acoplar dois transportadores Dragon com o braço robótico da Estação, fornecendo apoio ao primeiro deles em janeiro e liderando o processo, como operador principal do braço de 16 metros de comprimento do Dragon-6 em abril.
Durante os dois passeios no espaço que ocorreram durante a sua missão, Samantha teve um papel importante na preparação dos seus colegas para a saída e apoioando-os enquanto estavam a trabalhar na Estação.
Aspectos científicos
Foi a primeira vez que se usou um airlock para a investigação científica, quando Samantha e Terry retiraram amostras do ar que exalaram, em baixa pressão, usando óxido nítrico como ferramenta para monitorizar a inflamação pulmonar, bem como no registo da saúde pulmonar nos astronautas.
Durante a sua expedição, foi feita muita pesquisa em genética e biologia, com formigas, moscas da fruta, plantas e minhocas usadas em estudos internacionais sobre os efeitos do voo espacial ao longo de várias gerações.
O equipamento instalado no modulo do laboratório europeu Columbus continua a monitorizar o Sol e os ventos oceânicos. Noutra instalação no exterior extremófilos e compostos orgânicos estão a ser expostos ao espaço, para investigação da origem da vida.