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Os asteróides aparecem sob várias formas e tamanhos
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Colisões próximas de um outro tipo?

04/09/2003 578 views 0 likes
ESA / Space in Member States / Portugal

A mais recente descoberta de um grande asteróide movimentando-se através do nosso Sistema Solar coloca os estudos acerca destes e de outros objectos celestiais errantes no centro das atenções da Agência Espacial Europeia.

O satélite Observatório Espacial de Infravermelhos (ISO) da ESA mostrou que podem existir cerca de dois milhões de asteróides com dimensão superior a um quilómetro, na região do espaço conhecida como 'anel de asteróides'. Os acotovelamentos gravitacionais dos planetas podem empurrá-los para fora de posição, fazendo com que eles caiam na direcção do Sol, o que significa que podem atravessar a órbita da Terra e colidir potencialmente com o nosso mundo.

Os planetas do Sistema Solar nasceram de uma tempestade violenta de objectos semelhantes a asteróides que começou há 4,6 mil milhões de anos e que durou aproximadamente 500 milhões de anos. Os planetas não conseguiram absorver todos os asteróides e as sobras planetárias ainda estão, actualmente, na órbita do Sol. Grande parte deles estão confinados ao ‘anel principal’ de asteróides, entre as órbitas de Marte e Júpiter.

Ironicamente, este processo, que se pensa ter tido um papel importante na origem da vida, através da 'sementeira' de preciosos compostos orgânicos na Terra, constitui agora uma sua ameaça.

A cratera de Haughton
A cratera de Haughton

Existe, agora, uma evidência convincente de que a morte dos dinossauros foi acelerada pelo impacto de um asteróide com a Terra, que ocorreu na península de Yucatán, ao largo da costa do México.

A Terra está em perigo, não apenas pelos impactos dos asteróides, mas também pelos seus equivalentes gelados, os cometas. Eles poderão provocar enormes estragos se colidirem com o nosso mundo. Estes objectos situam-se, geralmente, bastante distantes mesmo de Plutão, mas podem sair das suas órbitas habituais passando as estrelas ou as gigantescas nuvens de gás.

Os cometas são considerados como os blocos de construção primitivos do Sistema Solar, e a missão da ESA de procura de cometas, Rosetta, poderá ajudar-nos a entender se a vida na Terra começou com a ajuda da 'sementeira de cometas'.

As hipóteses de um cometa atingir a Terra são também muito reduzidas, mas a possibilidade existe, conforme ficou demonstrado quando o Cometa Shoemaker-Levy 9 colidiu com Júpiter em 1994. O Telescópio Espacial Hubble NASA/ESA, bem como os telescópios terrestres espalhados em todo o mundo, obtiveram imagens espectaculares da primeira colisão observada entre dois objectos no nosso Sistema Solar.

SOHO see two comets plunging into the Sun
SOHO see two comets plunging into the Sun

São detectados centenas de pequenos cometas todos os anos, mas a grande maioria é atraída pelo Sol devido à sua grande atracção gravitacional. Eles são denominados cometas 'arranhadores do Sol' e ardem completamente na atmosfera quente do Sol.

A nave espacial da ESA de observação do Sistema Solar SOHO, tornou-se no maior descobridor de cometas na história da astronomia. Com o seu instrumento ‘LASCO coronagraph’, projectado originalmente para permitir ver as emissões bruscas de radiação solar, o SOHO pode monitorizar um grande volume de espaço circundante, e é um instrumento vital para o estudo dos planetas por parte da ESA.

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