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Órbita científica da sonda ExoMars de 5 a 6 de março
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Continua a investigação científica para a sonda ExoMars

01/03/2017 392 views 5 likes
ESA / Space in Member States / Portugal

Na próxima semana, a sonda ExoMars dedicará dois dias para fazer importantes medições de calibração no Planeta Vermelho, que são necessárias para a fase científica da missão que começará no próximo ano.

O Trace Gas Orbiter (TGO), um esforço conjunto entre a ESA e Roscosmos, chegou a Marte a 19 de outubro. Durante duas órbitas dedicadas, no final de novembro, os instrumentos científicos fizeram as suas primeiras medições de calibração desde que chegaram a Marte. Estas incluíram imagens de Marte e uma das suas luas, Phobos, e análises espectrais básicas da atmosfera marciana.

Naquela altura, a sonda estava num caminho altamente elíptico que a levava de 230 a 310 km acima da superfície para cerca de 98 000 km, a cada 4.2 dias.

A principal missão científica só começará quando atingir uma órbita quase circular, a cerca de 400 km acima da superfície do planeta, após um ano de “aerotravagem” - usando a atmosfera para travar gradualmente e mudar a sua órbita.

No início deste ano, em preparação para a fase de aerotravagem, o TGO realizou uma série de manobras para mudar o seu ângulo de viagem em relação ao equador do planeta a quase 74º. Isso elevou a sonda de uma órbita de chegada quase equatorial a uma que voa mais sobre os hemisférios norte e sul.

Esta inclinação proporcionará uma cobertura ótima da superfície para os instrumentos científicos, ao mesmo tempo que ainda oferece uma boa visibilidade para a transmissão dos dados dos atuais e futuros landers - incluindo o rover ExoMars com lançamento programado para 2020.

Órbita científica da sonda ExoMars de 6 a 7 de março
Órbita científica da sonda ExoMars de 6 a 7 de março

Agora, antes do início da fase de um ano de aerotravagem, que começa a 15 de março, as equipes científicas terão novamente a oportunidade de fazer importantes medições de calibração, com foco principalmente em testes para apontar e rastrear os instrumentos, desta vez a partir da nova órbita.

A nova órbita de um dia da sonda espacial leva-a de 37 150 km no seu ponto mais distante, para cerca de 200 km da superfície do planeta na sua aproximação mais contígua, o que também permitirá obter algumas das imagens mais próximas da missão.

Os dois compartimentos do espectrómetro do TGO farão algumas observações de calibração preliminares a 28 de fevereiro e 1 de março, enquanto os instrumentos da sonda estão voltados para Marte, com a principal campanha a acontecer de 5 a 7 de março, cobrindo duas órbitas completas do planeta.

Durante a campanha principal, os espectrómetros serão capazes de testar um outro modo operacional, tal como a exploração em direção ao horizonte sob luz solar dispersa pela atmosfera.

Ao analisar como a luz solar é influenciada pela atmosfera, os cientistas serão capazes de analisar os constituintes atmosféricos de Marte - o principal objetivo científico do TGO.

De fato, o TGO tem a tarefa de fazer um inventário detalhado da atmosfera, particularmente dos gases que estão presentes apenas em quantidades vestigiais. De grande interesse é o metano, que na Terra é produzido principalmente por atividade biológica ou processos geológicos, como algumas reações hidrotermais.

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Primeiro ano da sonda ExoMars em órbita
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A nave espacial também procurará água ou gelo logo abaixo da superfície e fornecerá imagens de cor e de contexto estéreo de características da superfície, incluindo aquelas que podem estar relacionadas com possíveis fontes de gases vestigiais.

Durante as próximas observações, além de apontar diretamente para a superfície do planeta, a câmara também fará importantes medições de calibração de campo estelar e céu-escuro.

Enquanto isso, o detetor de neutrões do TGO estará ligado durante as duas órbitas para calibrar o fluxo de fundo.

“É ótimo termos a oportunidade de espremer essas observações importantes durante este tempo muito ocupado aquando da fase de preparação para a aerotravagem de um ano”, diz Håkan Svedhem, cientista do projeto TGO da ESA. “Enquanto a aerotravagem está a acontecer, as equipas científicas serão capazes de usar essas medições de calibração essenciais para melhor se prepararem para o início da missão principal, quando chegarmos à nossa órbita científica no próximo ano”.

Para informações adicionais, é favor contatar:

Markus Bauer








ESA Science and Robotic Exploration Communication Officer









Tel: +31 71 565 6799









Mob: +31 61 594 3 954









Email: markus.bauer@esa.int

Håkan Svedhem
ESA ExoMars TGO Project Scientist
Email: hakan.svedhem@esa.int

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