Em nome do GMES
Representantes das areas da economia, saúde, energia, agricultura, alterações climáticas, gestão de catástrofes, e decisores politicos juntaram-se em Copenhaga, Dinamarca, esta semana para mostrar o seu apoio ao programa Global de Monitorização do Ambiente e da Segurança, GMES.
A conferência GMES in Action foi uma oportunidade para os participantes de explorarem os benefícios do programa europeu a nível económico, ambiental e social.
Através do GMES, os decisores terão acesso a informação fiável, precisa e a tempo e horas para gerir o ambiente, perceber e mitigar os efeitos das alterações climáticas e garantir a segurança dos civis.
O programa será suportado por dados da família de satélites Sentinel, que irá fornecer uma base sólida para a implementação de políticas europeias e nacionais.
Na apresentação inaugural, na segunda-feira, o director dos programas de observação da Terra da ESA, Volker Liebig, tocou na questão pertinente do futuro do orçamento do GMES.
«Estamos apenas a 15 meses de distância do planeado lançamento do primeiro satélite Sentinel, mas não sabemos ainda se haverá financiamento para operar os satélites depois de 214,» disse Liebig.
De facto, o future do GMES tem estado tremido desde que a Comissão Europeia propôs financiamento para o GMES fora do Programa Quadro de Financiamento (214-2020) através de um mecanismo intergovernamental. Durante a sessão introdutória da conferência, a deputada do Parlamento Europeu, Anne Jensen, realçou que o GMES deveria ser financiado dentro do orçamento dentro do orçamento da EU, sublinhando que o custo é baixo tendo em conta os benefícios do programa, sendo que não há riscos de aumento de preços.
"A estimative é de que serão necessários €5.8 mil milhões para 2014-2020 – menos de 0.5% do orçamento da EU. O orçamento é apenas 1% da economia da União Europeia," disse.
"O retorno do investimento é impressionante. Cada €1 investido irá gerar €4," disse Paul Weissenberg, Director Geral da Commissão Europeia, DG de Enterprise and Industry.
Ele acrescentou ainda: "O GMES deve continuar, e o GMES vai continuar."
Outros conferencistas consideraram um retorno de cerca de dez vezes o valor do investimento.
Também a falar na abertura do GMES in Action, Morten Østergaard, Ministro dinamarquês da Ciência, Inovação e Ensino Superior, que também apoiou o financiamento do programa: "Para podermos tirar o máximo partido do GMES, precisamos de financiamento a longo prazo."
Durante a conferência de dois dias, as discussões foram acerca da forma como o GMES irá contribuir para o crescimento da Europa e gerar empregos. Outras contribuições do GMES são na área da energia e desenvolvimento sustentável, agricultura e ecossistemas, saúde, gestão de emergências, suporte à economia verde e monitorização das alterações climáticas.
As apresentações foram feitas quer pelos fornecedores de services quer pelos potenciais utilizadores do serviço sobre o que se espera do programa.
Na conclusão da conferência na terça-feira, o responsável da ESA pelo GMES Space Office, Josef Aschbacher, realçou a importância de levar o GMES à frente, especialmente para garantir a continuidade dos dados de observação da Terra para a comunidade internacional de usuários.
Uma ideia central no encontro é a resolução sobre o futuro do GMES. A Resolução de Copenhaga resume os objetivos do programa, o seu potencial e requisitos para seguir em frente, tais como o modelo adequado de governação, a política de dados e o compromisso de financiamento a longo prazo.