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Espaço… a última fronteira

22/07/2016 1035 views 9 likes
ESA / Space in Member States / Portugal

Há 50 anos atrás, o Capitão Kirk e a tripulação da nave espacial Enterprise iniciaram a sua viagem para o espaço – a última fronteira. Agora, ao mesmo tempo que o filme Star Trek chega aos cinemas, o telescópio espacial Hubble da NASA/ESA encontra-se também a explorar novas fronteiras, observando galáxias distantes no conjunto de galáxias Abell S1063 como parte do programa ‘Frontier Fields’.

Espaço… a última fronteira. Estas são as histórias do Telescópio Espacial Hubble. A sua missão contínua é a de explorar novos e estranhos mundos e ousadamente olhar para onde nenhum outro telescópio olhou antes.

O mais recente alvo da missão do Hubble é o distante conjunto de galáxias Abell S1063, potencialmente o lar de milhares de milhões de novos e estranhos mundos.

Esta visão do conjunto de galáxias, o qual pode ser observado no centro da imagem, mostra como era há quatro mil milhões de anos atrás. Mas Abell S1063 permite-nos explorar um tempo ainda mais cedo do que este, onde nenhum outro telescópio procurou antes. A grande massa do conjunto distorce e amplifica a luz de outras galáxias que se encontram por trás devido a um efeito designado por lente gravitacional. Isto permite ao Hubble ver galáxias que de outra forma seria muito difícil observar e torna possível procurar, e estudar, a primeira geração de galáxias do Universo. “Fascinante”, como diria um famoso Vulcan.

Os primeiros resultados dos dados sobre Abell S1063 prometem algumas notáveis novas descobertas. Neste momento, já se encontrou uma galáxia que é observada como era apenas há mil milhões de anos após o Big Bang.

Os astrónomos identificaram também dezasseis galáxias no fundo, cuja luz foi distorcida pelo conjunto, causando múltiplas imagens delas aparecerem no céu. Isto ajudará os astrónomos a melhorar os seus modelos de distribuição tanto da matéria comum como da matéria negra no conjunto de galáxias, uma vez que é a gravidade destas que causa os efeitos de distorção. Estes modelos são a chave para a compreensão da misteriosa natureza da matéria negra.

Abell S1063 não se encontra sozinho na habilidade de distorcer a luz das galáxias de fundo, e também não é a única destas enormes lentes cósmicas a ser estudada pelo Hubble. Três outros conjuntos de galáxias já foram observados como parte do programa ‘Frontier Fields’, e mais duas serão ainda observadas nos próximos anos, dando aos astrónomos uma imagem notável de como funcionam e o que jaz tanto dentro como para lá delas [1].

Dados recolhidos anteriormente de conjuntos de galáxias foram estudados por equipas por todo o mundo, permitindo-lhes fazer importantes descobertas, entre elas, galáxias que existiram apenas centenas de milhares de anos depois do Big Bang (heic1523) e a primeira aparição prevista de uma supernova lente gravitacional (heic1525).

Tal extensa colaboração internacional teria tornado Gene Roddenberry, o pai de Star Trek, orgulhoso. No mundo fictício criado por Roddenberry, uma equipa diversificada trabalhou junta para explorar pacificamente o Universo. Este sonho é parcialmente conseguido pelo programa Hubble no qual a Agência Espacial Europeia (ESA), apoiada por 22 estados-membro, e a NASA colaboram para operar um dos instrumentos científicos mais sofisticado do mundo. Já para não mencionar as dezenas de outras equipas científicas internacionais que cruzam o estado, país ou fronteira continental para alcançar os seus objetivos científicos.

Observações

[1] O ‘Hubble Frontier Fields’ é um programa de três anos e 840-órbitas que permitirá obter a visão mais profunda do Universo até à data, combinando o poder do Hubble com a amplificação gravitacional de luz à volta de seis diferentes conjuntos de galáxias, para explorar regiões mais distantes do espaço que não poderiam ser observadas de outra forma.

Para Informações adicionais, é favor contactar:

Mathias Jäger
ESA/Hubble Public Information Officer
Garching bei München, Germany
Tel: +49 176 62397500
Email: mjaegerpartner.eso.org