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O MAS-2 a ser carregado para um avião da Força Aérea americana
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Espectómetro magnético alfa no local de lançamento

31/08/2010 832 views 0 likes
ESA / Space in Member States / Portugal

Um dos instrumentos espaciais mais complexos da história, o Espectrómetro Magnético Alfa (AMS-02), chegou ao Centro Espacial Kennedy, na Florida, na semana passada. Na sua viagem até ao local de lançamento foi escoltado pelos astronautas que o acompanharão a bordo do vaivém espacial, em Fevereiro de 2011.

À procura do Universo perdido

O AMS-02, concebido para procurar evidências de antimatéria no Universo, começou a sua viagem em direcção à Estação Espacial Internacional (ISS) no aeroporto internacional de Genebra, ns Suiça. Durante uma cerimónia organizada pela Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN), o instrumento embarcou no avião de transporte militar ‘Galaxy’, da Força Aérea dos Estados Unidos, no qual viajou até Cabo Canaveral.

O maior instrumento científico a bordo da Estação Espacial representa o culminar do maior projecto de cooperação internacional para o desenvolvimento de um único instrumento espacial.

Mesmo antes de ter sido lançada, o Espectrómetro Magnético Alfa já é considerado um grande sucesso, resultado de uma década de trabalho e de cooperação entre 56 institutos de 16 países. A construção do AMS-02 foi dirigida pelo prémio Nobel Samuel Ting, do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT).

Longa vida para o AMS-02

O professor Ting, pronto a descolar
O professor Ting, pronto a descolar

A ISS é a única plataforma capaz de acolher em órbita o AMS-02. «Esta plataforma proporciona o nível de estabilidade requerido e permite a manutenção das operações a longo prazo ou inclusivamente realizar reparações em órbita, caso seja necessário”, explica Simonetta Di Pippo, Directora de Voos Tripulados da ESA.

Está previsto que o instrumento permaneça em actividade durante toda a vida útil da ISS, pelo que nunca regressará à Terra. «A ISS é o maior complexo de investigação em órbita terrestre, que a partir de agora contará com uma experiência que irá decorrer, de forma contínua, ao longo de mais de uma década”, realçou Di Pippo.

Numa conferência sobre matéria negra
Numa conferência sobre matéria negra

Os exaustivos testes nas instalações da ESA, no ESTEC, em Noordwijk, Países Baixos, desempenharam um papel crucial no momento de tomar a decisão de trocar o íman supercondutor original por um permanente, capaz de permanecer operacional durante mais tempo. Isto como resultado da decisão de estender a vida útil da Estação Espacial até 2020.

Depois da sua chegada ao Centro Espacial Kennedy, o AMS irá ser preparado no interior de una sala limpa, continuando os ensaios prévios ao lançamento. Finalmente, o detector será instalado no vaivém Espacial, que o levará para a ISS, onde desempenhará a sua última missão.

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