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Mapeando a grande barreira de coral

02/12/2013 1024 views 0 likes
ESA / Space in Member States / Portugal

Scientists have used satellite observations to create a set of high-resolution 3D maps of the entire Great Barrier Reef – a critical step towards identifying, managing and protecting what lies beneath the waters.

Great Barrier Reef
Great Barrier Reef

Os cientistas usaram observações de satélite para criar um conjunto de imagens de alta-resolução, em 3D, de toda a Grande Barreira de Coral – um passo essencial em direção à identificação, gestão, mapeamento e proteção do que está por baixo das águas. 

Ao largo da costa leste da Austrália, a Grande Barreira de Coral é o maior sistema de corais do mundo, cobrindo mais de 344 mil quilómetros quadrados. A diversidade da vida no recife enfrenta inúmeras ameaças, tais como as alterações climáticas, a poluição, a pesca e o crescimento descontrolado de estrelas-do-mar coroa de espinhos.

Se por um lado, os corais têm um importante valor ecológico, têm sido difíceis de mapear a partir de embarcações ou naves, devido à sua baixa profundidade e à distância a que estão.

 A companhia alemã de deteção remota aquática EOMAP tem usado satélites para ultrapassar estes obstáculos. O resultado é o maior projeto do género, alguma vez feito na Austrália: um mapa de alta resolução em 3D de todo o sistema de corais.  

Wreck Reef
Wreck Reef

Para fazer o mapa, a empresa combinou imagens de satélites óticos com informação sobre as marés e dados já existentes de topografia dos solos. Os satélites óticos de alta resolução são mais apropriados às águas claras, em profundidades de 20 metros e em condições meteorológicas calmas.

O mapa irá ajudar a criar uma imagem da Grande Barreira de Coral. Isto inclui a qualidade da água, a avaliação das respostas às alterações naturais e provocadas pelo homem, e ajudar a prever os impactos mais prováveis das alterações climáticas, tais como a subida do nível do mar e o aumento da frequência

O mapa também irá ajudar a definir áreas prioritárias para a recolha de mais informação detalhada. Com estas vastas melhorias ao nível da modelação das correntes oceânicas, os cientistas poderão prever os percursos das larvas das estrelas-do-mar coroa de espinhos e em que local do recife se irão instalar. 

O desenvolvimento da EOMAP foi apoiado pelo Centro de Incubação de Empresas da ESA, na Bavária, um dos nove centros montados pela Agência para apoiar start-ups no desenvolvimento de novos negócios na Europa, baseados em tecnologia espacial e serviços de satélites. 

O serviço de satélites da companhia para mapear a topografia global do fundo marinho também venceu o Desafio T-Systems Cloud Computing, na competição deste ano Copernicus Masters. A competição procura soluções inovadoras para as empresas e a sociedade baseadas em dados de observação da Terra, estimulando ao mesmo tempo o desenvolvimento criativo de produtos e o empreendedorismo na Europa. 

Corals
Corals

Todas as áreas mapeadas, com uma resolução de 30 m, estão disponíveis para a compra através do website da companhia. Também  está disponível de forma gratuita uma versão menos refinada, com uma resolução de 500m, juntamente com uma amostra dos produtos de alta-resolução. 

A EOMAP já demonstrou a viabilidade da próxima geração de produtos: um mapa com 2 m de resolução do recife com recurso ao satélite DigitalGlobe’s Worldview-2, e ainda com dados dos satélites que estão para vir, os Sentinel-2, para gerar mapas da topografia global do fundo marítimo.

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