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O Euclid investiga o Uinverso negro com módulo de ciência da Astrium

14/06/2013 359 views 1 likes
ESA / Space in Member States / Portugal

O módulo que transporta os instrumentos científicos da missão da ESA Dark Uinverse, Euclid, está a ser desenvolvido pela Astrium em Toulouse, França. 

A missão será lançada em 2020 para explorar a matéria e a energia negra de forma a perceber a evolução do Universo desde o Big Bang e, em particular, a atual expansão acelerada.

A material negra é invisível para os nossos telescópios normais, mas atua através da gravidade, desempenhando um papel vital na formação de galáxias e atrasando a expansão do Universo.

A energia negra, no entanto, provoca uma força que ultrapassa a gravidade e acelera a expansão à nossa volta atualmente.

Em conjunto, estas duas componentes corresponderão a 95% da massa e da energia do Universo, com a matéria ‘normal’, a partir da qual se formam as estrelas, os planetas e os humanos, a corresponder à pequena fração restante. A sua natureza permanece um profundo mistério.

“O Euclid foi pensado para responder às questões cosmológicas do programa da ESA Cosmic Vision 2015–25, com uma tecnologia avançada que permitirá à Europa tornar-se um líder neste campo de investigação,” diz Thomas Passvogel, responsável de projeto na ESA, na Diretoria  de Ciência e Exploração Robótica.

A Astrium irá produzir um módulo completo que incorporará um telescópio com 1.2 m de diâmetro, que irá alimentar os dois instrumentos científicos da missão, que estão a ser desenvolvidos pelo consórcio Euclid.

Dois instrumentos de amplo campo, de ultimo modelo – uma câmara de luz visível e um espectómetro/câmara de infravermelho próximo – irão mapear em 3D a distribuição de cerca de dois mil milhões de galáxias e as matérias e energia negra associadas, espalhadas em mais de um terço do céu completo.

Investigando as galáxias espalhadas ao londo de dez mil milhões de anos-luz, a missão irá traçar o mapa da evolução da fábrica do Universo e as estruturas aí contidas, em mais de três quartos da sua história.

Em particular, o Euclid irá tentar responder a uma das mais importantes questões na cosmologia moderna: porque é que o Universo está a expandir a um ritmo tão acelerado hoje em dia, em vez de atrasar devido à atração gravitacional da matéria contida nele?

A descoberta da aceleração cósmica em 1998 foi reconhecida com o Prémio Nobel da Física em 2011, mas no entanto não há ainda qualquer explicação para a mesma.

Usando o Euclid para estudar o seu efeito nas galáxias e clusters de galáxias em todo o Universo, os astrónomos esperam chegar muito mais perto de perceber a verdadeira natureza e influência desta misteriosa energia negra. 

“Estamos entusiasmados que o Euclid tenha atingido este importante marco, permitindo-nos progredir em direção ao lançamento em 2020, pondo-nos mais perto de descobrir alguns dos segredos mais escuros do Universo,” diz Giuseppe Racca, o Diretor de Projeto da ESA para o Euclid.

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