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Visão artística do UARS
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Peritos europeus seguem reentrada de satélite

28/09/2011 264 views 0 likes
ESA / Space in Member States / Portugal

A ESA monitorizou a reentrada do satélite de observação UARS, a 24 de Setembro. O Gabinete para os Detritos Espaciais da Agência trabalhou em conjunto com a NASA e outros parceiros internacionais num exercício conjunto de avaliação de risco.

O satélite da NASA, Upper Atmosphere Research Satellite (UARS), estava desactivado e reentrou na atmosfera terrestre a 24 de Setembro de 2011, entre as 05:23 e as 07:09 CEST. Não foi, no entanto, determinado o momento e o local exactos da reentrada dos restos do satélite de 5,6 toneladas. Não foram registados danos.

Até hoje e desde o início da era especial, não foram confirmados quaisquer danos resultantes da reentrada na atmosfera de objectos espaciais.

«A resistência da atmosfera reduziu a velocidade do satélite de 27 mil km/h para um valor próximo dos 200km/h, para os fragmentos que possam ter atingido a superfície,» disse Heiner Klinrad, responsável da ESA pelo Gabinete de Detritos Espaciais.

ESA no centro do exercício de internacional de monitorização

A reentrada foi monitorizada de perto pelos peritos da ESA, em colaboração com parceiros internacionais num organismo conhecido como Inter-Agency Debris Coordination Committee (IADC).

A ESA também enviou informação regularmente às autoridades de protecção civil europeias.

O IADC é um fórum inter-agências para a coordenação mundial de actividades relacionadas com as questões do lixo espacial, de origem humana ou natural. Fazem parte a ESA, a NASA, agências nacionais europeias e as agências espaciais russa, chinesa, canadiana, japonesa, ucraniana e indiana.

Nos últimos anos, os membros do IADC desenvolveram uma rede de comunicação para a avaliação de risco em reentradas potencialmente perigosas. Esta rede permite a partilha de dados e o aperfeiçoamento das previsões de reentrada em situações de reentradas previstas.

Servidor central do IADC no ESOC, Darmstadt

O servidor para a rede está localizado no ESOC, Centro de Operações Espaciais da ESA, em Darmstadt, Alemanha, onde se faz a gestão do Gabinete de Detritos Espaciais.

ESOC: sede das operações da ESA
ESOC: sede das operações da ESA

"A reentrada da semana passada não cumpriu os critérios científicos do IADC para a classificação de ‘objecto de risco’. No entanto, a rede cumpre um exercício anual e, por iniciativa da NASA, a reentrada do UARS foi seleccionada pelo IADC como um alvo do exercício de 2011," disse Klinkrad.

Os resultados do exercício de reentrada do UARS serão utilizados pelos membros do IADC para melhorar os modelos de reentrada e tornar as precisões mais exactas.

Há mais de 20 anos que o Gabinete de Detritos Espaciais trabalha com parceiros internacionais para melhorar o conhecimento da órbita do lixo espacial, trabalhando em medidas de mitigação e partilhando os resultados da pesquisa.

Desenvolvimentos futuros da capacidade de observação europeia

Sistema SSA: a detectar os perigos no espaço
Sistema SSA: a detectar os perigos no espaço

Em 2009, a ESA lançou o Space Situational Awareness Preparatory Programme (SSA-PP), com o objectivo de aumentar a capacidade europeia de detector, prever e avaliar o risco para a vida e bens materiais associado a objectos espaciais produzidos pelo homem, reentradas, colisões em órbita, impactos de Objectos Próximos da Terra (NEO) e os efeitos do tempo espacial.

"Um dos objectivos do programa SSA é desenvolver a capacidade europeia de seguir com precisão e prever a reentrada neste tipo de eventos,” disse Nicolas Bobrinsky, responsável pelo SSA-PP.

"Um alerta dado mais cedo e previsões mais exactas irão permitir que as autoridades reajam da forma mais adequada, protegendo as pessoas e os bens materiais na Terra."


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