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Aproximação final guiada pelo EGNOS
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Sistema de navegação EGNOS ao serviço da aviação civil

07/03/2011 1188 views 0 likes
ESA / Space in Member States / Portugal

O sinal safety- of-life, do EGNOS, foi declarado disponível para a aviação civil. Pela primeira vez, os sinais de navegação por satélite tornaram-se oficialmente utilizáveis durante a crítica fase de aproximação vertical para a aterragem.

Usando três satélites e uma rede de 40 fortes estações de terra, o EGNOS (sigla em inglês de European Geostationary Navigation Overlay System) melhora a precisão dos sinais do GPS pela Europa.

O sinal está conforme os elevados padrões segurança estabelecidos pela Organização Internacional da Aviação Civil, adaptados para a Europa pela Eurocontrol, a Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea.

O EGNOS foi disponibilizado em sinal aberto em Outubro de 2009, para operações de navegação em que não havia vidas em risco, tais como a orientação pessoal, o seguimento de mercadorias ou a agricultura de precisão.

O EGNOS melhora a precisão do GPS na Europa
O EGNOS melhora a precisão do GPS na Europa

Agora, depois de um minucioso processo de verificação e certificação, o serviço safety-of-life do EGNOS foi declarado operacional e pronto para a aviação civil europeia.

«Estamos muito orgulhosos da grande dedicação que a ESA dedicou ao EGNOS e muito satisfeitos por agora poder ser utilizado nos fins para que foi desenhado», disse Philippe Michel, responsável da ESA pelo projecto EGNOS.

«Pela primeira vez, graças ao EGNOS, é possível seguir uma orientação por satélite quer no domínio vertical quer no horizontal,» explicou Francisco Salabert da Eurocontrol.

«O EGNOS oferece à indústria de aviação a possibilidade de fazer aproximações verticais a aeroportos pequenos, onde um sistema convencional de aterragem de precisão não é hoje em dia economicamente viável. A sua introdução vai diminuir os atrasos e os cancelamentos de voos, aumentando a segurança dos passageiros.»

Para que o EGNOS possa ser usado em aproximações, os fornecedores de serviços de navegação aérea devem introduzir novos procedimentos, os aviões têm de estar equipados com receptores certificados e os operadores têm de estar certificados para a utilização do serviço.

«A Eurocontrol está a coordenar a introdução do EGNOS na Europa,» acrescentou Francisco Salabert. «Já foram desenhados procedimentos de aproximação em vários aeroportos e heliportos e outros irão juntar-se à lista. Quanto às companhias de aviação, estamos a apoiar os primeiros a adoptar o sistema – chamamos-lhes os pioneiros do EGNOS»

Cabine de avião equipada com o sistema EGNOS
Cabine de avião equipada com o sistema EGNOS

Depois de seis anos de operações, o WAAS, o equivalente americano do EGNOS, está a ser usado por mais de 40 mil aviões, com mais de dois mil procedimentos registados.

Com 15 anos de desenvolvimento, o EGNOS é o resultado de um acordo tripartido entre a ESA, a Comissão Europeia e a Eurocontrol.

Como gestor primeiro do programa EGNOS, a ESA desenhou, certificou e contratou o desenvolvimento do sistema a um consórcio dirigido pela francesa Thales Alenia Space. A gestão global do programa passou para a Comissão Europeia em 2009. A gestão diária do sistema é feita pelo European Satellite Service Provider (ESSP), com base em Toulouse.

Cumprir os requisitos de segurança da aviação civil, estabelecidos pela Eurocontrol, foi um grande desafio para o serviço safety-of-life do EGNOS.

A ESA produziu grande parte da documentação técnica necessária à certificação de segurança formal, enquanto a Eurocontrol conduziu monitorizações independentes do desempenho do EGNOS.

O sistema final apresenta um elevado grau de robustez. Está garantido um nível mínimo de precisão no sinal do EGNOS, com uma taxa de erro de um para dez milhões.

No caso de a fiabilidade descer abaixo deste nível, os utilizadores do sistema são alertados dentro de seis segundos.

A ESA está agora a actuar como contratante, pela Comissão Europeia, para as principais alterações no sistema EGNOS durante o seu tempo de vida útil. E prepara também a próxima geração de EGNOS, esperada para 2020.

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