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Sucesso do StarTiger na Finlândia

13/05/2004 243 views 0 likes
ESA / Space in Member States / Portugal

A ESA espera repetir o êxito do seu primeiro projecto StarTiger. Desta vez, o local escolhido será a Tampere University of Technology na Finlândia, onde se espera que o projecto StarTiger2 desenvolva ideias para fatos ‘inteligentes’ para astronautas, capazes de verificar o seu estado de saúde enquanto trabalham.

O Instituto de Electrónica da Tampere University of Technology (TUT) possui já muitos anos de experiência na investigação e no desenvolvimento de vestuário ‘inteligente’ e de sistemas electrónicos avançados; os seus laboratórios para concepção, testes e produção estão totalmente de acordo com os requisitos do StarTiger.

"O objectivo do StarTiger2 é desenvolver um protótipo para um fato ‘inteligente’ que possa realmente ser utilizado, contendo um sistema de monitorização fisiológica", explica Eike Kircher, responsável pelo Programa de Investigação Tecnológica (TRP) básico da ESA, um dos impulsionadores por trás da iniciativa StarTiger. "Demos-lhe o nome de ‘STAR-suit’ e será capaz de medir todos os parâmetros de saúde vitais da pessoa que o usa em tempo real e por longos períodos de tempo.

Astronauta em actividades no exterior da nave espacial
Astronauta em actividades no exterior da nave espacial

Os efeitos fisiológicos do ambiente espacial e o bem-estar dos astronautas têm sido alvo de grande preocupação ao longo da história das viagens espaciais. O estado de saúde dos astronautas é avaliado não só antes e depois do voo, como também durante a viagem; mas a maioria dos testes durante o voo são conduzidos como parte de diversos procedimentos de controlo e poucas medições contínuas estão disponíveis.

Estação Concordia na Antárctica
Estação Concordia na Antárctica

É por isso que o fato inteligente será tão útil, sobretudo porque actualmente os planos a longo prazo da ESA incluem missões espaciais humanas para além da órbita inferior da Terra. Por exemplo, um fato ‘inteligente’ será necessário para monitorizar o estado e a localização dos astronautas que efectuam actividades no exterior da nave espacial em Marte.

Numa perspectiva a curto prazo, se tiver sucesso, o ‘STAR-suit’ pode ser utilizado na nova Estação Científica Concordia na Antárctica. Nesta estação já são realizas experiências da ESA, nomeadamente as que se referem ao Programa Aurora.

Tecnologias do StarTiger2

O ‘STAR-suit’ irá combinar diversas tecnologias avançadas: medições fisiológicas, sensores, tecnologias de comunicação e embalagem; Painéis de Circuitos iImpressos (PCB) flexíveis e materiais para Ecrãs de Cristais Líquidos (LCD), materiais têxteis e sistemas electrónicos incorporados.

Centro da cidade de Tampere à noite
Centro da cidade de Tampere à noite

Discretamente, e sem limitar os movimentos, poderá monitorizar de uma forma contínua o ritmo cardíaco e respiratório e os movimentos e a temperatura do utilizador. Os parâmetros adicionais podem incluir um índice vascular e um electrocardiograma (ECG), bem como um sistema de posicionamento global para localização.

Na sua concepção serão utilizados materiais inteligentes para garantir o conforto do ‘STAR-suit’, uma lavagem fácil e longa duração. Além disso, todas as interfaces e os sistemas de comunicação do utilizador serão integrados no fato, para permitir a monitorização à distância do estado do utilizador.

"O objectivo final é conhecer em tempo real e de uma forma contínua o estado fisiológico da pessoa que está a ser monitorizada, sem impedi-lo/a de fazer aquilo que tem de fazer", acrescenta Eike Kircher.

ESA procura 10 cientistas para o StarTiger2

A ESA lançou com sucesso o conceito StarTiger em 2002. Trata-se de uma abordagem inovadora para realizar projectos de desenvolvimento e investigação tecnológica que reúne um pequeno grupo de investigadores multidisciplinares altamente motivados.

Para ajudá-los a desenvolver as suas ideias, foi-lhes proporcionado o acesso total às instalações laboratoriais e de produção, sem interferências administrativas, durante um período intensivo de quatro a seis meses.

"Com o StarTiger pretendemos reduzir drasticamente o tempo de execução dos mais recentes desenvolvimentos tecnológicos", salienta Eike Kircher.

Gerador de imagens terahertz ‘a cores’ do StarTiger1 durante a integração
Gerador de imagens terahertz ‘a cores’ do StarTiger1 durante a integração

"O primeiro projecto demonstrou as potencialidades quando fizemos uma descoberta científica em diversas áreas da tecnologia de imagens terahertz em apenas quatro meses, com grande potencial tanto para as aplicações espaciais com para os sistemas não espaciais.

Como resultado, estão a ser exploradas diversas possíveis aplicações, foi criada uma empresa pioneira e classificaram-se várias patentes". Em breve, a ESA e a TUT irão começar a recrutar a sua equipa para o StarTiger2.

Notas para os editores:

* Star Tiger é um acrónimo para ‘Space Technology Advancements by Resourceful, Targeted and Innovative Groups of Experts and Researchers’, uma iniciativa pioneira da Agência Espacial Europeia no âmbito do Programa de Investigação Tecnológica (TRP) básico da Agência para apoiar o progresso tecnológico e as pesquisas inovadoras.

* Aurora faz parte da estratégia espacial da Europa, aprovada pelo Conselho de Investigação da União Europeia e pelo Conselho da ESA em 2001. O objectivo principal do Programa Aurora é a criação, e posterior implementação, de um plano europeu a longo prazo para a exploração humana e robótica do sistema solar, tendo Marte, a Lua e os asteróides como alvos mais prováveis.

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