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Mark McCaughrean, conselheiro do Diretor de Ciência da ESA
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Conselheiro da Agência Espacial Europeia inaugura ciclo de conferências do programa Ciência Viva

05/02/2015 353 views 0 likes
ESA / Space in Member States / Portugal

Rosetta: no rasto do cometa. Com este tema, Mark McCaughrean, conselheiro do Diretor de Ciência da Agência Espacial Europeia e professor de astrofísica, inaugurou um ciclo de conferências mensais dedicadas a temas atuais da ciência, promovido pelo Programa Ciência Viva. 

No auditório do Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, e com lotação esgotada, o cientista falou na quinta-feira, 29 de janeiro, durante cerca de duas horas, para uma plateia muito diversificada, mas com um claro interesse pelos temas do espaço.

«Foi preciso construir tecnologia para conseguir levar a cabo a missão Rosetta. Talvez a mais arrojada de sempre», notou o cientista no início da sua intervenção.

Percorrendo a história da exploração espacial, Mark McCaughrean chegou à missão da Agência Espacial Europeia que levou uma nave espacial a entrar em órbita de um cometa, o 67P/ Churymov-Gerasimenko. Depois da entrada em órbita, a nave Rosetta libertou o módulo Philae, que aterrou no cometa. Um objeto constituído por dois lobos, unidos por uma espécie de ponte, que lembra um pato de borracha. Muito poroso, revestido por uma camada de poeira, com uma baixa densidade, constituído por moléculas orgânicas, como os aminoácidos, e que cheira mal, a amónia, cianeto e urina. Assim é o 67/P, explicou o astrofísico.

E viajar até este mundo distante, situado entre as órbitas da Terra e de Marte, na sua posição mais próxima do Sol, porquê? 

«Fomos à procura de pistas sobre a nossa origem», justifica o cientista. Um dos objetivos era encontrar elementos que validassem a teoria de que os cometas seriam a fonte de água na Terra.

As análises feitas ao solo do cometa mostraram que a água do 67P tem uma constituição diferente da água na Terra. «Mas isso não nos desanima. Só torna a Ciência ainda mais excitante porque temos de continuar a procurar uma resposta a esta pergunta.»

A Rosetta continuará a acompanhar o cometa na sua aproximação ao Sol, registando as alterações por que o objeto vai passar nesta sua viagem. O cientista revelou ainda que há a esperança de que em maio/junho, quando o cometa estiver mais próximo do Sol, o módulo Philae, para já adormecido, possa acordar.   

 

Para aceder ao vídeo do evento, visite:

http://www.cienciaviva.pt/esero/iniciativas/?accao=showini&id_i=144