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Primeiro passo para o próximo módulo lunar

17/09/2010 933 views 0 likes
ESA / Space in Member States / Portugal

Descrição da missão: aterragem autónoma com grande precisão, próximo do pólo sul lunar, uma região muito acidentada, com grandes declives. O objectivo proposto pela ESA é analisar as paisagens desconhecidas da Lua e testar tecnologias novas para futuras aterragens humanas.

A primeira missão a visitar a região do pólo sul lunar deu um importante passo em frente esta semana com a assinatura de um contracto de estudo entre a EADS-Astrium, em Berlim, na Alemanha.

A missão tem como objectivo aterrar nos terrenos muito montanhosas e cheios de crateras do polo sul lunar em 2018. A região pode ser o principal local de chegada dos futuros voos de exploração humana já que oferece exposição solar quase contínua, para a produção de energia, e acesso potencial a recursos vitais, como a água em forma de gelo.

Para atingir a superfície em segurança, o módulo tem de navegar com precisão até ao pico de uma montanha ou às profundezas de uma cratera, evitando cuidadosamente os grandes declives, para então poisar gentilmente e captar uma das mais espectaculares vistas do Sistema Solar.

A Lua é um alvo preferencial para as missões de exploração humana, delineadas no âmbito da «Estratégia de Exploração Global» por 14 agências espaciais de todo o mundo. A estratégia apoia a exploração espacial internacional e apela a estudos complementares da Lua e de Marte – sítios em que os humanos irão um dia viver e trabalhar.

Início, em Berlim, de um esforço de 18 meses

O contracto foi assinado por Simonetta Di Pippo, Directora de Voos Tripulados da ESA, e Michael Menking, da EADS-Astrium, na presence de Peter Hintze, Secretário de Estado no Ministério da Economia e da Tecnologia alemão.

«É com grande prazer que assistimos aos progressos ocorridos na Europa, no campo da exploração espacial, apoiado em tecnologias chave desenvolvidos para os voos tripulados», afirmou Di Pippo.

«Enquanto nos preparamos para nos juntarmos aos Estados Unidos, Rússia e Japão na decisão de utilizar a Estação Espacial Internacional por mais dez anos, pelo menos», acrescentou, «preparamos os próximos passos e estamos a trabalhar para posicionar a Europa ao nível de competências e capacidades necessárias para a exploração global.»

Com uma presence forte e bem sucedida em órbitas baixas, a Lua é o próximo destino natural comum.

«A Europa está naturalmente presente, e com sucesso, nos projectos globais, como a ISS, o que contribui para reforçar o nosso papel como um continente moderno, dinâmico e inovador.»

«As capacidades já demonstradas do Veículo de Transferência Automatizado são representativas das capacidades e experiência da Astrium nos procedimentos de aproximação e acoplagem,» afirmou Michael Menking, Vice-presidente para os Sistemas Orbitais e Exploração Espacial da Astrium.

«O conceito do novo estudo baseia-se nas tecnologias do ATV e esta habilidade única irá possibilitar o desenvolvimento de tecnologias chave; não seria possível conceber a aterragem de um veículo robótico na Luas sem elas.»

De um conceito de design a uma realidade do hardware

Módulo lunar robótico proposto
Módulo lunar robótico proposto

O início deste estudo de fase B1 (Phase-B1) é um marco importante porque agora, depois dos planos preliminares e estudos de exequibilidade, o desenho da missão irá continuar sob a liderança da EADS-Astrium Bremen e algumas das tecnologias chave serão desenvolvidas e testadas pela primeira vez.

Primeiro, os dados topográficos mais recentes do polo sul lunar serão analisados em detalhe, de forma a serem encontrados os locais de aterragem mais promissores. A área alvo não é bem conhecida e só agora começamos a receber informação necessária para a avaliação da aterragem e operação da missão naquele local.

Depois, o módulo lunar robótico será desenhado ao nível dos seus vários subsistemas, tais como a propulsão e a navegação.

O contracto culminará com uma Revisão dos Requisitos Preliminares do Sistema, em 2012, o que irá fornecer a base para o desenho final da missão e do módulo.

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